Quando grandes empreendimentos – shoppings, condomínios, universidades, por exemplo – são inaugurados em um local, uma série de mudanças passa a ocorrer em seus arredores. A primeira delas é o aumento do número de pessoas transitando na região através dos modos de transportes ali disponíveis. É também usual que o surgimento desses estabelecimentos estimule o desenvolvimento comercial e habitacional da região, modificando de forma duradoura seu contexto socioeconômico e, consequentemente, a quantidade de viagens.
Dessa forma, percebe-se que há a necessidade de se avaliar o impacto da implantação dessas grandes obras no que diz respeito à área de transportes. Para isso, foi criado o conceito de Polo Gerador de Viagens (PGV) – também conhecido como Polo Gerador de Tráfego (PGT).
Os PGV são empreendimentos responsáveis por estimular um grande número de viagens. Apesar dessa definição geral, o enquadramento de um estabelecimento como PGV pode variar de acordo com a sua localidade, pois cada prefeitura tem autonomia para determinar as regras para classificação.
Caso um PGV seja classificado como tal, deve-se avaliar as mudanças que o empreendimento trará ao sistema viário na região de influência, com o objetivo de se mitigar os impactos negativos. Essa avaliação é feita de acordo com o local da obra: para áreas urbanas, faz-se um Relatório de Impacto de Trânsito (RIT), enquanto que nas proximidades de rodovias se realiza um Estudo de Tráfego Rodoviário (ETR).
Além da análise do impacto do PGV, tanto o RIT quanto o ETR apresentam também as diversas medidas necessárias para harmonização do empreendimento ao seu entorno. Para isso, esses estudos verificam e estimam o impacto imediato à inauguração do estabelecimento, bem como a situação do tráfego a médio e longo prazos. Por fim, os relatórios apresentam as modificações que caberão ao empreendedor e ao poder público.
Ao atender essas medidas, o empreendimento se torna regularizado quanto à sua situação como PGV, garantindo que a fluidez e segurança do tráfego local não sejam prejudicados, além de contribuir para o desenvolvimento da região.